sexta-feira, dezembro 28, 2007

De novo ele


Descobri um trabalho acadêmico, feito pois dois portugueses, que trata do infinito do ponto de vista da matemática.

Dele retirei o último drops sobre o infinito.

Olhando melhor, achei muita coisa interessante que acrescenta nessa (infindável) discussão sobre o infinito.

Vamos a elas:

O conceito de infinito surge, antes de mais, na filosofia com o significado de que não existem limites. É a especulação teológica que dá a este conceito um conteúdo positivo de perfeição (ou grandeza) que é impossível superar.

Micheli, in Romano, 1997, p. 133

O infinito é algo de indefinido, por não ter fim ou limite;

O infinito não é definido nem indefinido, porque no que lhe diz respeito, carece de sentido toda a referência a um fim ou limite;


O infinito é algo meramente potencial, que está “sendo” mas não “é”



O infinito é algo actual e inteiramente dado.


Existem duas formas de encarar teoricamente o infinito:

as positivas

que se referem à noção de número transfinito elaborada por Cantor
no âmbito da teoria dos conjuntos, ou que se referem ao infinito enquanto
característica necessária da perfeição absoluta;

as negativas

que defendem o infinito como a ausência de um certo limite.


"O substantivo «infinito» é uma palavra cômoda e que se não pode substituir : não se pode tornar misterioso nem «fazer vertigens»
senão àqueles que ignoram ou que esquecem a maneira tão simples pela qual se pode defini-lo.”


Marcel Boll in As etapas da matemática


Do nada criei um novo e estranho universo.

Janos Bolyai

A última coisa que se nos depara ao fazermos uma obra
é saber aquilo que se deve pôr em primeiro lugar.


Blaise Pascal


É impossível atravessar o estádio; porque, antes de se atingir a meta, deve
primeiro alcançar-se o ponto intermédio da distância a percorrer; antes de atingir
esse ponto, deve atingir-se o ponto que está a meio caminho desse ponto; e assim
ad infinitum.


Kirk e Raven, 1979, p. 300-301

O coração tem razões que a própria razão desconhece.

Blaise Pascal

A mais intransponível de todas as barreiras da Natureza é aquela existente entre os pensamentos do Homem e
os de outro.


William James

Querer a verdade é confessar-se incapaz de a criar.


Friedrich Nietzsche

Se não esperais o inesperado, não o encontrareis,
visto que é penoso descobri-lo e, além disso, difícil.


Heráclito

Para alcançar a verdade é necessário ; uma vez na
vida, pôr tudo em dúvida – até onde seja possível.


Descartes

O caminho dos paradoxos é o caminho da verdade.


Oscar Wilde

Quando discutimos uma questão transcendente, devemos
ser transcendentemente claros.


Descartes

O que mais desespera, não é o impossível. Mas o
possível não alcançado.


Robert Mallet

Ler bem o universo é ler bem a vida.

Victor Hugo

(...) Deveria haver uma cadeia infinita unindo um qualquer macaco a Darwin,
respeitando as regras: o filho de um macaco é um macaco, o pai de um homem é um
homem. »


Reeb, cit in Stewart, 1996, p. 85

Nunca se vai tão longe como quando se sabe para
onde se vai.


Oliver Cromwell


É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma
estrela.


Friedrich Nietzsche

O marketing e a Lebre


Hoje em dia tudo é passível de ser maquiado e transformado numa coisa boa, positiva.

Mesmo as piores coisas.

Lendo o blog do FITI, dei de cara com um link para um texto do atual presidente corinthiano, Andrés Sanchez.

Me chamaram demais a atenção os recursos usados para fazer a queda de divisão parecer amena, quase boa.

Sobre a queda de divisão, vejam as belas palavras:

"É claro que todos nós torcedores, dirigentes ou pessoas ligadas ao clube recordaremos amargamente para sempre deste ano como aquele em que sofremos por alcançarmos a Segunda Divisão do futebol nacional."

"Alcançarmos a segunda divisão (!!!)"

E não estou aqui para espinafrar os corinthianos.

Estou aqui para dizer que é um absurdo que o marketing social exista, quando os objetivos das empresas sempre foram os mesmos: O lucro.

Se tem alguém ajudando alguém é pensando nas verdinhas. Se dar dinheiro aos pobres melhora a imagem da empresa e isso dá lucro, vamos dar dinheiro aos pobres. Se dá desconto em algum imposto, então melhor ainda.

É um absurdo que qualquer um julgue um suspeito ao vivo, sem que esse tenha chance de se defender, como acontece todos os dias nesses programas que aparentemente são os policiais da sociedade e estão a serviço do bem, contra os malfeitores.

É absolutamente abjeto o fato de que as propagandas mentem descaradamente, sobre preços, condições de pagamento e até a entrega do produto.

E eles podem mentir porque colocam no anúncio, láááá no final, um asterisco beeeeeem pequenininho, ilegível dizendo assim:

* essa promoção dura apenas meia hora e nós não nos responsabilizamos por cumprir nenhuma das condições anunciadas.

E a bela modelo que vemos nas revistas? Nem ela existe! É tudo um truque de photoshop e as pessoas compram aquele padrão de beleza, depois se depreciam, ficam infelizes com seus corpos, pois é difícil parecer daquele jeito, e compram o embelezator na farmácia e lêm no rótulo que aquele produto "embeleza em dois dias ou seu dinheiro de volta"

Tá parecendo um balaio de gato?

O que tem em comum em tudo isso?


Não sou a favor da censura, nem da ditadura, nem de restrições às liberdades individuais.

Mas pelo-amor-de-Deus, não podemos permitir que qualquer coisa seja veiculada por um simples motivo: essa veiculação mentirosa fere a liberdade e direito de escolha de muita gente.

Algo precisa ser feito no sentido de se verificar a autenticidade de informações divulgadas. E aí vai discussão pra mais de ano.

Mas é melhor discutirmos, pois caso contrário, teremos alcançado gloriosamente a segunda divisão, julgaremos milhares de inocentes como culpados, compraremos gato por lebre e continuaremos assistindo ao mais nefando espetáculo que é:

Informação sendo tratada como mercadoria, maquiada, usurpada, falsificada, embelezada.


"Ahh, mas acreditou porque é ingênuo, se tivesse estudado não acreditava...."


Moramos no Brasil, onde as pessoas não estudam, e quando estudam, o fazem de maneira precária, com baixíssima qualidade no ensino e no coeficiente de aprendizagem.

Quando vamos parar de cercear a liberdade de quem não tem como se defender?

Ou será que só a nossa falsa liberdade importa?

Ou o lucro?

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Drops do Infinito

E lá vou eu de novo! Só pra jogar mais lenha numa fogueira pretensamente morta!

Apenas um drops, desconectado, mas muito interessante!

infinito é algo indefinido, por carecer de
fim, de limite ou termo.

O infinito não é nem definido nem indefinido, porque em
relação a ele carece de sentido toda a referência a um fim, limite ou termo.

O infinito é algo meramente potencial: está a ser, mas não é.


Transcrição de um dicionário de filosofia

RSS


Não sei se meus leitores mais atentos notaram o novo link que aparece aqui do lado direito intitulado "RSS".

O que significa a sigla eu não sei, mas sei que esse link permite que você leitor acompanhe as novidades do Rapsberrydreams sem precisar acessar o http://rapsberrydreams.blogspot.com todos os dias, manualmente.

Como isso funciona? Através de um bacaninha google reader.

Acesse www.google.com/ig (i-google). Lá você, que tem um orkut, um gmail e outras ferramentas google, pode acessar tudo no mesmo painel, apenas acessando o seu i-google, com os mesmos login e senha da sua conta google.

Lá você terá data e hora, avisos dos aniversários pelo orkut, um preview da sua caixa de entrada do gmail e os tópicos recentes postados nos blogs de sua preferência.

Para que seu i-google seja alimentado com as novas do Rapsberrydreams, basta clicar nesse famigerado link "RSS" e adicionar o feed (é assim que chama) do meu blog ao seu i-google.

Assim sempre que você encontrar a imagem acima, essa laranjinha, geralmente significa RSS (Eu não tive a competência, ainda de colocar a imagem ao lado do link, mas eu chego lá.)

Assim quando você enxergar esse link, basta clicar e adicionar o feed ao seu i-google, ou reader da sua preferência. Assim você verá as novas postagens sem ter que ficar digitando uma maratona de endereços no seu browser pra fazer a sua leitura diária.

Espero que tenham compreendido (eu ainda não compreendi) na medida do possível.

Espero mais ainda, espero que isso ajude os que tem preguiça ou falta de hábito de ler o Rapsberrydreams a fazê-lo com mais ou com alguma frequência.

Rapsberrydreams e você, uma história de amor!

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Fênix


Eu sou a Fênix!

Ressurjo com alegria!

Com respeito peço licença,

Ao Norte da Terra e ao Sul do Fogo.

Ao Leste do Ar e ao Oeste da Água.

À minha Senhora e ao meu Senhor seu consorte.

Ao meu lado tudo é próspero.

Ao meu lado tudo é vivo e pleno.

Nas minhas garras levo qualquer um aos céus.

Nas minhas plumas está gravada a história do mundo.

Do meu mausoléu nascerão flores que se espalharão pelo mundo.

Do seco solo repleto de cinzas verterá água limpa.

As mortas pradarias se encherão de vida.

O envenenado céu se encherá de brisa.

E o aturdido mar renovará as esperanças.

De cada olhar que se cruze nascerá um amor.

De cada mãe infertil nascerá uma criança.

De cada grão nascerá uma planta sadia.

De cada planta tiraremos nosso sustento.

E do sustento, o nosso sustento.

De cada animal tiraremos a certeza.

E do vento virão as notícias.

De que o mundo renasce hoje.

E que se saiba com perfeição.

Que estando ao lado da Fênix,

Não há limites para o nosso vôo.

Que isso seja repetido.

Até a sétima geração.

terça-feira, dezembro 18, 2007

Drops Vespertino II

Veio direto de Sitzo! Não coloquei nem tirei nada!

" Facícilis descensus averni; Noctes atue dies patet atri janua ditis; Sed revocare gradum superas que evadere ad auras, Hoc opus, hic labor est."

"A descida para o inferno é fácil, a porta de plutão fica aberta noite e dia. Mas voltar e retornar à atmosfera superior, aí está o trabalho, aí a dificuldade."


Sìbila para Enéias

Drops Vespertino

Essa é basica, mas ninguém usa de fato.

Sérissimo, se a gente aprender essa, tudo fica tão mais fácil.... consiste em dividir o mundo em duas partes: o que dá e o que não dá pra resolver.

Deve ser chinesa:

"O que não tem solução solucionado está."

Buda


Nesse domingo eu fui num lugar diferente pros meus hábitos: um centro budista.

Lá assisti a uma aula bastante interessante. Ministrada por uma monja que, sentada em almofadas, soltava sabedoria pelas ventas.

Sempre atento e ciente de que se pode buscar informações úteis em qualquer lugar, me surpreendi com a serenidade e sabedoria das palavras dessa monja. (não que eu esperasse ser mais sábio do que ela ou que pensasse estar ela dando a aula por acaso)

O tema era a realização dos desejos. E ela acrescentou muito no que eu já sabia:

Sim, qualquer desejo pode ser realizado mas (e aí vem a novidade) dependemos de uma espécie de moeda de troca, o mérito.

O mérito é a energia positiva que acumulamos quando fazemos ações virtuosas.


Quando desejamos alguma coisa, gastamos nosso mérito no sentido de conseguir alcançar nossos desejos.

Há três tipos de desejos: os virtuosos, os inúteis e os nocivos.

E o mérito não sabe nem escolhe a natureza do seu desejo.


Ela fez questão de frisar o seguinte: sim podemos conseguir o que quisermos, mas temos que ser sapientes para que não tenhamos desejos inúteis e nocivos, pois desta forma gastamos o nosso mérito e não o usamos para nada que contribua para nossa existência.

Enfim, a chave:

Quando desejamos o bem de todos os seres vivos, gastamos nosso mérito em uma ação virtuosa, que por definição gera mais mérito.

Desta forma, produzinho uma cornucópia de energia postiva, somos realmente capazes de tornar o mundo melhor, começando, literalmente, por cada ser.


O engraçado é que, uma semana antes, eu havia chegao a uma conclusão semelhante, sem qualquer contato com esses ensinamentos. Pensava eu assim: Não entendo porque querer o mal de quem quer que seja.

Caso todos sejamos prósperos, saudáveis, alegres e bons, não precisaríamos nos preocupar mais com nada, pois a humanidade toda seria florescente como uma cidade portuária medieval.

E assim, só teríamos de escolher entre sermos donos do nosso negócio ou trabalhar por um alto salário.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Sobre desistir



Me inspirei no blog da Tomsolina!

Começando com uma frase importante:

"Não sabendo ser impossível, ele foi lá e fez."

E uma poesia de Temper Milles!

Se não morrermos na tentativa mal sucedida de atracar o barco...

Certamente estaremos mais fortes para subir nas rochas....

Se machucarmos nossas mãos nas afiadas navalhas do mexilhões...

Com certeza estaremos mais sábios para procurarmos a maciez das algas...

Caso escorreguemos nas lisas algas...

Certamente estaremos mais equilibrados para procurar a macia aspereza de uma praia....

Caso não consigamos vencer a arrebentação....

Estaremos pacientes para aguardar uma correnteza que nos leve para uma paragem segura.....

No caso de irmos parar em um lugar desconhecido....

teremos tempo, coragem, sapiência, paciência, sabedoria e inteligência para mapeá-lo...

E esse será o nosso lugar, que não seria nosso se tivéssemos desistido na primeira agrura.

Nunca desista!

Temper Milles

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Pé de Valsa - Diferença na Biota


Pra quem não conhece, Pedro Bial "Pé de Valsa" Nunes, é biólogo, herpetólogo e pesquisador do Instituto de Biociências da USP-SP. Além disso trabalha no museu de Zoologia dessa mesma universidade. (Corrigindo: Bial faz doutorado no Instituto de biociências da USP e não no museu de zoologia como anterior e errôneamente publicado)

Há muito tempo atrás, publiquei no blog um artigo do Vàclav Hável que dizia algo sobre estarmos chegando no momento de começarmos a pagar nossa dívida para com a terra, ou seria tarde demais.

Pedi a Opinião de Pedro Bial "Pé de Valsa" Nunes e eis sua resposta, muito legal por sinal. Tanto que decidi publicar aqui para aumentar esse debate!

Go Nunes! Com você a palavra!

Diogão,

Muito, mas muito interessante mesmo o artigo do brother tcheco!!

Concordo com ele em vários aspectos! Só não concordo muito com a relação que ele descreve como um empréstimo da Terra para a humanidade. No meu modo de entender, nós, assim como todos os demais seres vivos, fazemos parte de uma dinâmica na Terra onde utilizamos os recursos e deixamos resíduos em maior ou menor quantidade.

Fazemos parte da Terra e dessa dinâmica. A diferença é que de uns 5000 anos para cá (poucos perto dos bilhões de anos da existência do planeta), a nossa espécie se tornou o maior agente modificante vivo que já existiu para o clima e condições que permitem a existência da biota na Terra.

Apesar dos pesares, isso ainda é um processo natural, que só pode ser reconhecido e analisado e, quiçá diminuído e evitado (particularmente não acredito), pelo ser humano porque possuímos aptidões intelectuais inerentes à nossa espécie nunca antes registradas na história evolutiva (da biota) na Terra.

Também não compartilho da mesma concepção de fim do mundo do Sr. Havel.

Na minha concepção, o fim do mundo - que já foi previsto uma série de vezes e nunca chegou - não é o fim do planeta, Fim este que eu não acho que seja facilmente previsível e nem tenho motivos para acreditar que esteja próximo.

Acredito sim que este fim esteja relacionado à nossa existência (extinção da nossa espécie). Isso sim, na minha opinião, está próximo (biologicamente falando e mais próximo ainda geologicamente falando) e já é inevitável, já que como o próprio Havel disse a resolução dos impactos já causados não é simples e não depende só de uma ciência.

Estamos em um momento crítico onde teríamos que tomar uma decisão entre caminhar para o fim e nos manter como estamos, já que acredito que não seja mais possível voltar atrás em muitas das mudanças climáticas já efetivadas.

Infelizmente, o que vemos é que a escolha foi feita pela manutenção dos nossos hábitos pouco sustentáveis e que as condições de vida para a nossa espécie vão continuar escasseando até acabar... Daí sim será o fim do mundo... do nosso mundo!

Bial

Em busca do tempo perdido


Nem tudo está perdido, Oswaldo!

O tempo perdido foi buscado.

Lá atrás, num lugar ermo,

Nas mãos de uma moça que sorria

Sozinha.

Ou seus nervos o faziam

Contraindo-se

Ou regozijando-se

Pelo suave prazer

De percorrer...

Os doces caminhos...

das lentas distâncias atravessadas

Proust vive!


Rapsberry Dreams Testa - 2

Tá virando moda!

Rapsberry Testa parte 2!

Graças a colaboração de dois assíduos leitores, vamos continuar com esse bem sucedido tipo de postagem.

Desta vez a briga começou quente!

Do lado alvi verde do ringue!

Ricardo Infante: Poeta, administrador de bares, designer, palestrino roxo e baiano na alma, com o seu totalmente (por mim) desconhecido: Mark Ronson - Version



Do lado alvi negro do ringue!

Ela que dispensa apresentações (mas vamos a elas):

Sitzuokohara: corinthiana, maloqueira, sofredora (graças a Deus e a mais da metade do time), etc etc etc.
Com o seu surpreendentemente desconhecido (por mim), extraído de uma das trilhas sonoras que eu mais gosto (apresentada pela Lu): Holly Golightly - Truly She Is None Other



E a briga começou quente já na capa: antecipando um dos quesitos, Ricardo ganha por pontos (um apenas) o primeiro round! Curti demais a capa do Version de Mark Ronson. Não que a capa de Truly She Is None Other de Holly Golightly não seja legal ou interessante, gostei também, mas quem ganha o primeiro round e volta quase inteiro para o seu corner é Ricardo Infante!

Que rufem os tambores! E vamos ao que interessa mesmo, a parte musical!

Quem sairá arranhado dessa? Teremos novo empate técnico?

Acompanhem cenas do próximo capítulo no Rapsberry Dreams mais próximo da sua casa!

terça-feira, dezembro 11, 2007

Saudoso Apagão


Nada me deu tanta revolta quanto a quantidade de luzes natalinas espalhadas pela cidade esse ano. Não só nesse, mas em 2007, parece que exageramos.

Não porque sou um azedo, que mataria o papai noel se pudesse, nem porque odeio o natal, não não...

É pelo fato de que a algum tempo atrás estávamos todos embasbacados com o apagão que vivíamos.

Como é possível? Perguntávamos. E olhávamos estupefatos fotos aéreas de São Paulo pré e pós apagão.

Hoje, ninguém mais lembra disso, ninguém mais fala, a imprensa não noticia mais o que foi feito esses anos, que permite que hoje acendamos luzes a granel, sem nos preocuparmos com o gasto de energia.

Pergunto:

A preocupação naquela época era pelo exagero no consumo de energia e o modo de vida que nos levou a ele? Ou era o simples incômodo de ficar sem luz?

Não ficou nada de útil do apagão?

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Rapsberry Dreams Testa - Resultado

Pois é meu povo!

Esqueçam a política Pocket Info.

Pois, Como diria Proust, vamos saborear o caminho das longas distâncias atravessadas.


Demorou mais saiu o resultado do primeiro Rapsberry Dreams Testa!

E a demora é absolutamente justa, pois precisava digerir os dois discos já que não os conhecia.

Os candidatos a revelação do ano eram:

Do lado alvinegro do ringue:

Sitzuokohara, japonesa (cidadã do mundo), xiita e corinthiana. Dispensa maiores apresentações.

Ela concorria com a indicação: Pink Martini - Hang On Little Tomato

Do lado alviverde do ringue:

Domenico "Demaschio", italiano, (cidadão do bixiga), palmeirense, anticorinthiano, baixista e frequentador assíduo do bar "Seu Justino".

Ele concorria com a indicação: The Strokes - Is This It

Vamos ao resultado.

Confesso que não sou o tipo mais chegado em rock and roll. Digamos que gosto de coisas pontuais, como Nirvana (Nevermind), já fui fan do Metallica (Kill 'em All, Ride The Lightning e Master of Puppets), gosto bastante de Cake (todos os albuns) e de algumas faixas específicas de (alice in chains - faith no more - The Who - Stones - AC DC (Back in Black) entre muitas outras.)

Assim, Domenico "Demaschio" saiu em desvantagem, pois a digestão do album do Strokes não foi facilitada pelo repertório do juiz.

No começo não gostei, tenho dificuldade com guitarras pesadas. Mas depois, aconteceu uma coisa interessante: a própria candidata concorrente Sitzuokohara interviu em favor de Domenico. Ela me explicou que este é um dos poucos (ou o único) album que pode ser considerado "punk", no que diz respeito às raízes do movimento, sempre tendo em vista a eterna banda "Ramones".

Depois disso, comecei a "ouvir com outros ouvidos".

E comecei a gostar daquela melodias fortes e ao mesmo tempo melancólicas. Principalmente das faixas 4, 5 e 6, "Barely legal", "Someday" e "Alone, Together".

No final, graças a Sitzuokohara e um bocado de abertura mental, passei a realmente apreciar o disco.

Ponto para o senhor domênico, que contou com a ajuda de Sitzuokohara. Belo disco.

Detalhe, esse é um dos discos de cabeceira de Sitzuokohara, admiradora número 0 do movimento punk.

Agora vamos ao Pink Martini.
Esse bateu e agradou de primeira. Em primeiro lugar por ser eclético demais. Mistura ritmos, dentro até das faixas, com melodias interessantes e uma instrumentação refinada. A cereja do bolo é a voz da cantora (desculpem mas não pesquisei seu nome).

Além disso, faz releituras, não de faixas específicas, mas de estilos musicais, como a música tradicional italiana e a japonesa, compondo coisas sonoramente muito ricas.

A faixa 7, Lilly, é realmente muito boa, e destaco também as faixas 3, 11 e 12 (Hang On little tomato, Una Notte a Napoli e Kikuchiyo To Mohshimasu).

Trata-se de um som que posso comparar com "The Cat Empire", por exemplo, pois fica difícil até de traçar um estilo da banda. O estilo é mudar sempre, renovar coisas consagradas e um misto de boa música com excelente humor. Como disse a Luca, tem um quê de brega, mas apenas no quesito diversão, pois nada tem um tom muito sério. Passa a seguinte impressão no começo: "estamos brincando mas falando sério!" Porque musicalmente é muito bom.

Bem o tipo de banda que eu gosto.

Resultado? Ponto pros dois!

E vivam as indicações como estas!

Quem serão os próximos candidatos?


"Inscrições em Rapsberrydreams no campo de comentários desta postagem"


P.S. Essa postagem foi editada pois fui avisado de um erro crasso: Back in Black é do AC/DC e não do Metallica, (devo ter esquecido meu antipsicótico no analista de sistemas)

segunda-feira, dezembro 03, 2007

O MAIÚSCULO AMOR

Me lembrei dessa esquecida poesia quando lia o maravilhoso blog do Rick... ahhh o amor....

Amoreado

Quando o amor chega,
o vento bate e desespera.

Mesmo sendo primavera
molha e tinge nossa tez

Muito triste entregue à espera.
Brisa morna, brisa fria

De esperança e de soberba,
mais um pouco morreria

Bate forte de alento
do normal soma mais três

Faz do peito um grande alarde
sem que tarde a maresia.

E tomara não perceba
que da vida nada fez.

Temper Milles

quinta-feira, novembro 29, 2007

Menos


Todo dia me pego com algum pensamento do tipo:

"Esse é o problema do mundo."

Já foram os E.U.A.,o dinheiro, a Globo, o F.M.I. e muitos outros que nem é bom falar.

Hoje eu acho que é o crescimento.

Não este ou aquele, mas quase toda espécie de "crescimento" que é comemorado pelas sociedades humanas, incentivado.

O problema é que o crescimento em si não é algo bom por natureza.

Problema de visão, de ausência ou presença de óculos. Problema de um pensamento que continua acostumado a pensar em dominar o globo, demarcando territórios.

Continuam vendo cercas e muros, pensando que o mundo acaba ali. Sem notar que só o que percebem do mundo acaba ali.

E viva o crescimento, faz um puxadinho. Seu menino cresceu hein?!

E crescem a humanidade, as economias e as empresas juntas com as doenças, violência, fome e miséria, juntas com a proximidade do fim da nossa estadia.

A cobra comendo o rabo. Fácil de ver. Como olhar essa imagem aqui em cima. Mas nem tanto.

Ilusões de ótica

Achei demais isso, sei que é meio batido mas....

A fonte é www.ilusaodeotica.com

Quantos pontos pretos há na imagem?



Mexa os olhos ou a própria cabeça para ver os três seguintes



quarta-feira, novembro 28, 2007

Drops Vespertino


Do Temper Milles

"O homem e o cão só são amigos porque um não imagina o que passa na cabeça do outro."

(ao perder sua coxinha para um astuto canino que não fica naquela padaria por acaso)

Drops Matinal

Do meu pai, ou melhor, do Alcorão.

Quanto um ato bom é praticado por alguém, é como se a humanidade inteira se tornasse boa. E quanto um ato mau é praticado por alguém, é como se a humanidade inteira se tornasse má". (Sura 3).

terça-feira, novembro 27, 2007

Temper Miles

Estive conversando com Temper Miles que me disse:

"Temos apenas dois compromissos na vida, um com a plenitude e outro com a felicidade."

(Em conversa com um amigo próximo, sobre oportunidades.)

"Essa semana acontecerá o maior IPO da história da Bovespa, com a entrada da BM&F"

(mostrando estar atualizado com relação ao mercado financeiro e seus aprendizados com o Tio Patinhas)

"Estamos sem nos ver há oito isqueiros."

(Em alusão a uma aposta que ele tinha com uma amiga oriental que lhe dava isqueiros em troca de suas histórias)


"Amanhã, ganharemos muitos adeptos para a "campanha por uma nova visão": 30.000 corinthianos de óculos no pacaembu. Olhando para o Carlão e vendo o Finazzi!"

(mostrando bom humor e engajamento ao criar inimigos em massa.)

Almoço com o pai

Vittorio Gassmann - (Genova, 1 de Setembro de 1922 – Roma, 29 de Junho de 2000)

Almoçar com meu pai nunca é só um almoço.

Sempre saio com algum brinde intelectual.

Alguma história, um conhecimento, uma frase, um autor.

Desta vez ele estava radiante e melancólico (ao mesmo tempo) e posteriormente disse que nosso almoço foi incrível.

Realmente senti ele muito animado, porém sentido com um perda iminente.... mas estava feliz.

É dessa duplicidade, desse sentimento dúbio é que é feita a alma humana e a beleza da poesia.

Duplicidade que nos é negada na vida, no tempo...

E desta vez meu pai me presenteou com uma frase incrível de um grande ator italiano chamado Vittorio Gassmann, dita em uma entrevista dada ao Roberto D'Avilla, que fala justamente sobre isso:

"La vita dovrebbe esse due - la prima per provare e l' altra per vivere"

A vida deveria ser duas - uma para aprender e a outra para viver.

Vittorio Gassmann

sexta-feira, novembro 23, 2007

Rapsberry Dreams Testa

Declaro aberto um novo tipo de postagem no Rapsberry Dreams:

O Rapsberry Dreams Testa.

Funciona da seguinte maneira:

Eu recebo uma dica, seja ela musical, cinematográfica, ou o que quer que seja. Baixo, ouço, vejo, uso, faço o que for necessário e depois passo o veredito Rapsberry Dreams aqui no blog. Que tal?

Vamos começar com duas dicas:

1 - Sitzuokohara - Tipo de dica: Musical - Banda: Pink Martini - Album: Hang On Little Tomato

Descrição: Sitzo disse que a banda é incrível, que mistura tudo, e que tem até uma música em português.

Vejam o site: www.pinkmartini.com




2 - Domenico - Espaço domenico

Tipo de dica: Musical - Banda: The Strokes - Album - Is This It
Descrição: Pelo próprio Domenico, no Espaço domenico:

"Bom já na capa. Tá meio "velhinho", quem gosta de Rock "Novo" conhece de cabo a rabo. É um disco animal, do começo ao fim. Mistura o som de guitarras pesadas com timbres velhos e harmonias simples e precisas. Rock prático e rápido. Destaque para as faixas "Barely Legal" e "Someday". Mas é desse que todas as músicas são muito boas."



Veremos senhora Sitzuokohara e senhor Domenico!

Que rufem os tambores!

Dicas à granel

Madlib - Madlib invades Bluenote - shades of blue

Excelente, principalmente a faixa 2 - Slim's Return.



E uma homenagem aos meus queridos, inseparáveis, antigos e inesquecíveis: Buckshot Lefonque 1 e Music Evolution.




Do Branford Marsalis, que caiu um pouco no meu conceito depois que a Lú me contou ser uma pessoa bem antipática (ao menos no palco) mas continua arrebentando no quesito música.

Lunatico - Gotan Project



Todo mundo conhece, acho, mas não dá pra passar batido. Literalmente a revanche do tango, mistura equilibrada e muito bem feita de tango e hip hop.

El Norte - Gotan Project



E vamos guardando outras dicas pra depois....

Vício


O vício é terrível, idependente de qual seja ele.

Não é por moralismo, nem por nada, mas eu sei como é difícil largar um vício.

Claro que depende muito do poder destrutivo do vício em questão, mas em si, não conseguir deixar de fazer certa coisa, independente do que seja é muito ruim, porque fazemos as coisas sem optar.

Estou parando de fumar pela enésima e última vez, mas sempre percebi que eu não era um caso perdido...

Qual não foi a minha surpresa ao me deparar com essa matéria do UOL, que fala sobre viciados em internet. "Netaddicteds".... graaave....

To sempre pior que muitos e melhor que váaarios...., mas vejam essa matéria na íntegra... é de dar medo.

Matéria Uol - NetAddicteds

Aliás, vejam esse texto de um belo blog, que descobri sem querer.... junta cigarro, cinema e Vaclav Havel, muito propício.

Terceira Noite

My Bloody Valentine



Próximo vício: Caminhar na pracinha com os dois P's! Será que o Freud acompanha sem chiar?

quinta-feira, novembro 22, 2007

A vida


Estava pensando aqui, que a vida é muito mais simples do que parece.

Acho que isso se dá porque queremos enfeitar nossa existência, nos sentir mais importantes do que realmente somos.

Isso me lembra um estudo de campo feito na cidade morta de Bananal. Onde o que mais importava eram as lembranças das pessoas.

Todos enriqueciam suas histórias, criando fatos e feitos memoráveis, pois não suportariam olhar cruamente para trás e constatar: não vivi.

E isso me lembra uma frase de Temper Milles, que andava sumido:

"A vida nos coloca, impiedosa e lentamente, em contato com o que seremos. Para soltar a casaca do velho e criar a nova roupagem. O que temos hoje não nos serve de nada."

A vida é Jazz

Dos estilos musicais que eu gosto, o jazz é o que fala mais alto.

Gosto dele puro, misturado, de ponta cabeça, com leite, de qualquer jeito.

Mas bom mesmo é um leite aditivado, como gostavam os protagonistas de "Laranja Mecânica".

E eu gosto de jazz "envenenado". Taí o que eu gosto mesmo .... Se misturar jazz com hip hop então..... scratch com trompete, uma guitarra trabalhada com um belo timbre somada a efeitos eletrônicos....uma batida mais pesada....

Por isso queria dar a dica: um dos trabalhos mais legais que conheci nos últimos tempos, essa coletânea francesa não deixa cair nenhum segundo, nenhuma faixa.

Chama-se Life is Jazz e é encontrada num e-mule próximo da sua casa. Fiquem atentos a essa capa:
Destaque para as faixas 4 e 6, não que as outras não sejam incríveis.

Lista:

1.Squeezer - Eric Le Lann
2.Sunday Night - Bibo
3.Corovon - Metropolitan Jazz Affair
4.Soso Theme - SoSo
5.Madame Mope - Ozone Cocktail
6.Yunowhathislifeez - Metropolitan Jazz Affair (Shabada mix)
7.Meikuu - Uusi Fantasia
8.Tammi - Rinne Radio
9.Little Nile - The Most
10.Escape From The Trump Tower - Eric Le Lann
11.Plot, The - The Most
12.Roughneck - Eddie Roberts
13.Finisterre - Eric Le Lann

quarta-feira, novembro 14, 2007

Lançamento da campanha para uma nova visão


Quem criou o slogan foi o Wagnão, uma pessoa incrível que conheci quando trabalhei no Circo Mínimo, no espetáculo História de Pescador.

Cenotécnico, carcereiro e "outras cositas mas", morador da ZL, Itaquera.

Ninguém mais indicado para ser apontado como mártir, criador do movimento.

Pra ele, estar de óculos era sinônimo de cegueira, e cegueira era sinônimo de coisa mal feita.

Por isso, quando alguém dava aquela viajada, fazia alguma coisa errada, ou não estava enxergando mesmo, com clareza, as situações, ele dizia:

"Tá de óculos!"

Isso era a forma curta ainda, pra facilitar, pois o completo seria:

"Tá de óculos, touca, luva e máscara de solda"

Isso quando ele queria dizer que alguém estava completamente cego, sem entender nada ou com uma avaliação deficiente das situações.

E quem criou a campanha foi o rick, e faço questão de inaugurar/divulgar no Rapsberry Dreams.

Vamos tirar os óculos? Achei interessantíssima a metáfora, pois geralmente quem não enxerga coloca os óculos ao invés de tirar, mas é aí que mora a jogada:

Manifesto por uma nova visão: Versão incipiente - que depende dos outros participantes darem suas contribuições. Trata-se de um movimento aberto.

Tirar os óculos significa nos despir de preconceitos, de visões deturpadas e de comportamentos viciados, de visões errôneas que engolimos sem questionamento.

Tirar os óculos é voltar a enxergar com o próprio aparelho de visão, sem acreditar nos incríveis recortes dos "fatos mais importantes do dia", que facilmente acabam passando pelos "únicos fatos do dia" ou os "únicos fatos importantes", quando na verdade, os importantes mesmo nos passam despercebidos.

Tirar os óculos, também é se lixar para a política Pocket Info, pois sabemos que as coisas são complexas, e grandes textos devem ser lidos e esmiuçados, porque nem tudo é passivel de compactação.

O que mais?

Conto com a contribuição de todos, pois não se faz um manifesto em 15 minutos.

Minha proposta é publicar a versão final em diversos blogs simultaneamente e para isso estou cadastrando blogueiros engajados.

Quem se habilita?

terça-feira, novembro 13, 2007

Citações

Resolvi fazer um post só sobre citações.

Sempre gostei delas e sei algumas, e depois das do Albert, achei interessante trazer outras.

Vamos começar com a letra V? Não me perguntem o motivo. (é duro não saber a regra dos "Porques - Por ques - Por Quês"

A força não me seduz nem me doma; O ódio e o desprezo são as únicas homenagens que lhe tributo. (Vargas Vila – Libre Estética, 78)

Terrível coisa é a felicidade! Cremos que ela nos basta e uma vez atingida essa falsa meta da vida, esquecemos o fim verdadeiro da existência: o dever. (Victor Hugo – Les Misérables, vol. 9, 1)

Meu Deus protegei-me de meus amigos! Dos meus inimigos eu me encarregarei. (Voltaire)

Posso não concordar com nenhuma das vossas palavras, mas defenderei até a morte o vosso direito de enunciá-las. (Voltaire)

Deus é contra a guerra, mas fica do lado de quem atira bem. (Voltaire - Dicionaire Philosophique, Tolérance)

sexta-feira, novembro 09, 2007

Tropa de Elite


Não assisti ao filme tropa de elite ainda.

Mas deu tanto pano pra manga que sinto como se tivesse assistido.

E agora me deu revolta.

Por um simples motivo: As classes média e alta podem comprar drogas e sustentarem o tráfico, compondo uma das pontas de um espinhoso arranjo social.

Mas dizer que é essa tropa de elite a responsável por todo o tráfico é um absurdo.

Quem comanda esse jogo sujo (onde policiais (de baixo), favelados e consumidores de drogas são vítimas) são os endinheirados do congresso, de terno e gravata, senadores, altos políticos enfim.

Quem comanda tudo não é preso, não mata e não morre nessa guerra, apenas manda prender, manda soltar, manda matar e decide as leis do país....

Quem comanda o tráfico não mora na favela, não troca tiros com a polícia, nem seduz adolescentes. São empresários da droga, que comandam tudo de longe, como tudo no Brasil. Com conchavos, propinas, almoços de negócios....

A propósito, o que foi a gota d'água, pra quem já estava farto de ouvir falar do capitão Nascimento como um verdadeiro herói brasileiro, foi essa matéria que saiu hoje na Folha Online - Cotidiano.

É absurdo, revoltante e ultrajante que algo assim possa acontecer.

Vejam a matéria na íntegra, onde um comandante do BOPE, assume que matou o sequestrador do ônibus 174, no Rio, que faria de novo e que "morreu, morreu, antes ele do que eu".

Detalhe, não defendo o que fez esse sequestrador, mas matar alguém asfixiado dentro de um camburão e alegar legítima defesa, é ridículo. Afinal, o sequestrador mordeu o capitão e chutou o vidro da viatura....

Seria pra rir se não fosse de chorar e se não acontecesse agora, e agora, e agora, e agora.....

Matéria Folha SP na íntegra

terça-feira, novembro 06, 2007

Um Albert qualquer


Como sei que estou devendo (vejam a minha produção de postagens em setembro e em outubro), nada como recuperar o tempo perdido quando encontramos um resto de mente pensante, no fim desse corpo que trabalha.

Essa frase veio da Julia, ou pelo menos passou por ela, até chegar em mim, mas veio de um cara chamado Albert... vejam se vocês adivinham o sobrenome dele.

Já que tanto falei em saber sobre a infinitude do universo.....

"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que diz respeito ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta."

e mais uma de brinde, dele mesmo: prova de que o universo mora dentro...

"A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original."

Burma/Myanmar - Ghandi Vive



Esse é um texto importante, escrito pelo homem que foi o último chefe de estado da antiga Checoslováquia e o primeiro presidente da República Tcheca, Vaclav Havel,um libertário acima de tudo, já citado neste blog.

Ele mostra perfeitamente como somos alheios às questões mais importantes e achamos que "democráticamente" assistimos a um resumo das notícias mais importantes do dia no nosso jornal favorito, ou no site, ou na televisão.

A situação em Burma/Myanmar é grave, e nada se fala a respeito!

A tradução, foi feita na raça, por mim mesmo, mas na hora que a coisa "apertou", tive que recorrer a especializadíssima ajuda da Yzwooh (Sitzuokohara para os íntimos), que retraduziu o texto e revisou toda a tradução.

Muito obrigado Sitzo!

Segue a tradução e um link para a versão em Inglês:

Versão integral em Inglês (traduzido do Tcheco)

(clicar no link do texto (In the coming days)

Nos proximos dias

Nos próximos dias e horas, o futuro destino de Burma/Myanmar e a sina de mais de cinqüenta milhões de seus habitantes serão decididos.

A situação atual vem se desenhando por muitos anos.
Ninguém, no entanto, foi capaz de dizer com precisão, quando uma revolta aberta contra a ditadura militar ocorreria.

Eu temo que, com apenas algumas poucas exceções, as diplomacias de muitos países mais uma vez foram surpreendidas e pegas “de calças curtas” pelo rápido desenrolar dos fatos e estão, portanto, despreparadas e sem saber o que fazer.

Quantas vezes isso aconteceu? O que é pior, entretanto, é a consideração mostrada pelo medo entrincheirado de uma reação dos países, que acham o silêncio mortal existente – através do qual esses países asiáticos se apresentam para o mundo exterior – conveniente.

Em Burma, o poder de monges educados – pessoas que são desarmadas e pacíficas pela própria natureza – se insurgiu contra o regime militar.

Isso não é uma grande surpresa para aqueles que tiveram um interesse mais aprofundado na situação de Burma.

Uma maioria de monges achou difícil de suportar os esforços centrais e regionais para corromper a sociedade monástica e danificar a sua imagem para pressionar os seguidores de outras religiões.

Claro, se eles não tiverem os benefícios do apoio universal, coordenado, econômico e político da mídia, todo o desenvolvimento em Burma deve retroceder aproximadamente vinte anos.

Diariamente, podemos escutar "learned debates" e proclamações emocionais em defesa dos direitos humanos em muitas conferências no mundo todo.

Como é possível que, em última instância, não somos capazes de responder contra a força militar que está se estabelecendo em uma capital e vários outros centros de resitência.

Por décadas estivemos lutando pela reforma das Nações Unidas para que possamos renunciar à nossa dignidade cívica e humana frente aos conflitos, não só os notórios, mas também os que estão acontecendo agora em Burma ou Darfur.

Não são as vítimas da repressão que estão perdendo sua dignidade, mas a comunidade internacional, que olha e assiste seu destino.

Ditadores não conseguem usar nenhuma outra explicação para a falta de habilidade para coordenar medidas internacionais do que olhar para isso como confirmação do status quo e sua própria impunidade.

Vaclav Havel


www.vaclavhavel.cz

quinta-feira, novembro 01, 2007

Penta


Não podia perder a chance, de gritar publicamente, somos PENTA CAMPEÕES BRASILEIROS!

E diga-se de passagem, os únicos, pois aquele título do flamengo, da Copa União em 88, não conta. Não conta meeeesmo.

quarta-feira, outubro 17, 2007

INEXH

Nem sei direito, mas vou fazer dois cursos no INEXH - Instituto de Excelência Humana.

A saber, Desenvolvimento e Liderança será o primeiro e depois Negociação e Vendas.

Alguém se habilita? Parece ser quente.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Easy

Olá a todos!

Este blogueiro vem por meio desta postagem, pedir calma e paciência a todos os seus leitores.

Não estou conseguindo um mínimo de tempo para postar no blog por dois motivos:

1 - estou em período de transição entre um emprego e outro até o dia 20.

2 e Estou sem computador em casa, dependendo da caridade alheia pra ver e-mails.

Estou trabalhando em um texto que gostaria de publicar na íntegra, mas está em inglês, por isso estou traduzindo para facilitar a vida de todos.

Por isso tudo peço calma a todos pois em breve voltarei a produção habitual.

Valerá a pena esperar pois esse texto que estou traduzindo é muito interessante, pois trata de uma questão muito atual e pouco divulgada pela nossa excelente imprensa.

Para os que não estão conseguindo acessar o blog, peço mais calma ainda, pois ainda não descobri o problema.

Obrigado,

Diogo Diordan Almeida Prado Moscoso Araújo Marujo de Aragão e Cintra

quarta-feira, outubro 10, 2007

Mr Dizzy, esse rapaz....

Esse moço, em 1947 comandava essa big band.



Ele ainda não tocava com seu famoso trompete de campana torta, apontando para o alto.

Diz a lenda, que num dos seus shows, sentou-se um mafioso na primeira mesa, que se incomodou com o som "estridente" do trompete de Dizzy Gillespie.

O mafioso teria se levantado e, com a mão entortado a campana do trompete de Dizzy.

Que adotou, como marca registrada, assim como as enormes bochechas infláveis, dignas de salvar uma pessoa do afogamento.

Com direito a Muppet Show, Mr Dizzy:

O caderninho e o disciplinado


O Caderninho é um item fundamental, sem o qual nada do que conhecemos hoje, em termos de tecnologia existiria.

É a mesma coisa que a parede das cavernas onde as pinturas rupestres eram feitas. Em comunicação isso é chamado de suporte.

Serve pra guardar o nosso conhecimento fora do nosso corpo, para que possamos morrer em paz e não atravancar tanto o desenvolvimento do conhecimento, logo da espécie humana (e eu dizia não fazer proselitismos).

mas eu também acho importante exercitar a memória.

E outra: esse ser desorganizado e extremamente bagunceiro, precisou arrumar outras armas pra lutar nesse mundo, sendo que decidiu que a disciplina e o "fazer um milhão de vezes" não seriam os meios empregados para o sucesso.

Portanto, meu problema não seria ter o caderninho, mas passar na fila da disciplina mínima para me acostumar a anotar as coisas.

E fazer um esforço pra desacostumar uma mente viciada na bagunça e no bumba meu boi.

O que eu penso mesmo?

Que a melhor fotografia fica sempre na memória.

terça-feira, outubro 09, 2007

Hareburguer

Transcodificantemente assim bicho! Vai um aê?

Liberdade


De tirar o fôlego.

"Ela sabe, por exemplo, que a amo com loucura; ela me permite até mesmo entretê-la com minha paixão. Não poderia manifestar seu desprezo de um modo melhor que me autorizando a lhe falar do meu amor livremente e sem obstáculos.. "Eu faço tão pouco caso de teus sentimentos, ela parece dizer, que tudo que puderes me dizer, que tudo que puderes sentir em relação a mim, me é perfeitamente indiferente"."

O Jogador, Dostoiévski.

segunda-feira, outubro 08, 2007

Metalinguagem

Ao escrever esse blog me deparo com inúmeras questões. Vou falar sobre elas aos poucos apenas por causa da política "pocket-info" que todos conhecem.

A primeira delas apareceu de cara: Mostrei o blog para minha mãe e ela diz assim: Ahh... você "proselitisa" no seu blog? (pra não dizer "disserta" e ainda uma palavra daquelas que você não tem certeza do significado. Bem coisa de mãe.)

proselitismo
{verbete}
Datação
1836 cf. SC

Acepções
■ substantivo masculino
1 atividade ou esforço de fazer prosélitos; catequese, apostolado
Ex.: trabalho de p. dos partidos políticos
2 conjunto de prosélitos

Etimologia
prosélito + -ismo; f.hist. 1836 proselytismo

Quem são os prosélitos é uma questão que deixo pra depois. Vou me ater ao fato de que não pretendo fazer proselitismos, nem ficar dissertando sobre as coisas.

O que eu quero é me comunicar com as pessoas que lêem o blog, mostrar as coisas pelas quais me interesso, saber o que todos acham dos assuntos que eu evidencio, estar mais próximo daqueles que são meus amigos, mas que não estão próximos no quotidiano (já que só temos 24x7 horas por semana e boa parte delas consumidas pelos nossos trabalhos).

Outra coisa interessante, apenas en passant é que o mundo se divide entre vai ou não vai pro blog. E isso torna tudo bem mais divertido.

E de repente você tem aquela obrigação boa de, todo dia, encontrar coisas interessantes no mundo.

Garantia de que não vou ficar parado, nem perder o "encantamento com o mundo", o olhar de criança...

Embora muito do mundo contribua para isso.

sexta-feira, outubro 05, 2007

Jaco! Ensina os meninos?


Dispensa apresentações mas...

Um dos maiores baixistas do mundo, nascido em Norristown, Pennsylvania, Florida.

Teve uma ascensão meteórica e teve sua carreira muito encurtada por conta do uso de drogas, e por conta do seu pavio curtíssimo.

Era um cara muito louco segundo consta.

No auge da loucura, perambulava pela cidade pedindo esmolas e dormindo em parques, foi preso diversas vezes causando brigas em boates. Foi preso em Tokio dirigindo uma moto, completamente nú....

Certa vez chegou a ser preso por tentar invadir a casa de seus próprios amigos, com o intuito de recolher os seus discos, pois, segundo ele, estes o pertenciam.

Fez que fez, até que um dia apanhou de um segurança da boate, depois de ser expulso um milhão de vezes.

E teve traumatismo craniano.

E morreu.

Mas acho que viveu o suficiente.

Quem tiver paciência e gostar de música, veja esse vídeo. É só a primeira parte de dez.

E não saber inglês não é mais desculpa.

Primeiro porque é bom demais vê-lo e ouvi-lo em ação.

E depois,vejam o "Engine" do dictionary.com que temos ao lado!

Mais uma cortesia Rapsberrydreams!

Chant des Partisans - 1, 2 e 3

Vejam esses vídeos!

Qualquer semelhança não é mera coincidência.

Trata-se de, digamos, hereditariedade.

Obrigado Peter, por me apresentar Zebda!

Chant des partisans - 1 - Hino original de resistência



Chant des partisans - 2 - Por Sarkozy




Chant des partisans - 3 - Por Zebda - Grupo musical Franco-argelino

Economizar a natureza? Pois sim!



Recebi esse vídeo da Júlia Casali (Desculpe a formalidade jú, mas nem todos te conhecem) e ele é realmente relevante.

Conversando com o Rick (ai ai ai Ricardo Infante), pensávamos sobre o que fazer, fora assistirmos estarrecidos o mundo sendo devastado.

Obrigado Jú, são coisas simples assim que fazem diferença e mostram resultados práticos. Aquela velha história da andorinha sozinha que não conseguia fazer o verão, mas não desistiu e resolveu convencer andorinha por andorinha de que era chegada a hora do verão!

P.S. Jú, não consigo fazer ele encaixar bonito no espaço, tá meio cortado, mais dá pra ver tudo que importa. Sorry honey!

quinta-feira, outubro 04, 2007

Desfecho - Stand Center

Para os que acompanharam a batalha e a agonia!

Consegui vencer a batalha do Stand Center.

Saio avariado, machucado, com 30 reais a menos do que comecei, com 30 horas a menos também, sem a tão sonhada placa de vídeo e com a careca um pouco maior.

Mas briguei até a mulher devolver quase todo o meu dinheiro.

Tive que gritar, fazer escândalo mesmo, espantar os clientes da mulher, ameaçar de morte, de quebrar tudo, de invadir o stand. E nada! Ela disse que eu podia ficar lá A TARDE TODA GRITANDO! olhou para o técnico e disse: Vamos fechar a loja para almoço?

Isso as 14:30, eu no meu horário de almoço e já meia hora atrasado, com uma hora e meia de briga feia!

Em resumo, brigamos mais meia hora até que ela exausta diz:(imaginem eu - ela não olhava na minha cara)

Devolvo seu dinheiro menos R$ 30,00 do serviço que eu fiz! Ou a diferença entre a placa e uma fonte nova! (mas eu não queria comprar uma fonte nova!)

Pra resumir, fiz que fiz que consegui. Ela não me devolveu todo o dinheiro, mas quase tudo. E eu aceitei porque perto do que estava prestes a acontecer (eu ficar sem a placa e sem a grana) achei que era o máximo que conseguiria.

E nunca mais compro nada lá, só jogos e cds virgens!

Acho que era pra testar o meu poder de briga, e isso me ensinou belas lições!

À ferro e fogo, mas ensinou!

quarta-feira, outubro 03, 2007

DESABAFO - stands 117 e 175 - CUIDADO!


Cuidado com a dupla do Stand Center! Stands 117 e 175!

Depois que o Cirão me convenceu de que nada é mais barato em termos de equipamentos fotográficos do que o Stand Center, fiquei com a pulga atrás da orelha.

Nada tem garantia, nada tem nota e se tem é fria, gelada. Mas é mais barato.

Depois que o Cirão comprou um belo equipamento de fotografia lá, pagando mais barato do que na Angel ou BH, resolvi arriscar.

Tive um problema na minha placa de vídeo e comprei outra lá. No famigerado stand 117 (imaginem se fosse 171).

E assim foi, comprei instalei e depois de um tempo a placa deu pau.

Fui lá trocar e a coreana (nada contra os coreanos em si) não queria trocar a placa, alegando que eu tinha um problema na minha fonte.

Briguei, discuti, argumentei até ela trocar a placa.

Peguei a placa nova e levei no Vantuil, meu técnico. (tinha que contar o nome dele).

Chegando lá, a placa não funcionava mal como a outra, nem bem, nem mais ou menos... ela simplesmente não dava sinal de vida.

Voltei no Stand Center, já bastante prostituido da vida e enfrentei mais uma batalha até ela trocar novamente a placa.

Desta vez, ela não tinha outra da mesma marca e me deu uma outra 30 reais mais barata. Me devolveu a diferença do valor, não sem antes me dar uma canseira de 1 hora, falando que o problema não era da placa, que eu tinha quebrado a placa (vejam vocês, em 24 horas).

Fez que fez, mas trocou.

Levei a placa nova pro Vantuil.

Ligamos e adivinha?

A placa funciona, mas trava em qualquer aplicação que necessite de um pouco mais de desempenho. Trava em qualquer jogo.

Resultado: amanhã tem mais um round! mas eu precisava avisar a todos: Cuidado ao comprar qualquer coisa no Stand Center, ainda mais na dupla encapetada, stands 117 e 175. Peçam sempre para que a peça seja testada na sua frente, e havendo qualquer anormalidade quando chegar em casa, volte imediatamente lá, pois qualquer tempo que passe serve de argumento para dizer que fomos nós que quebramos a peça.

Chamar o Procon? piada. A Polícia? mais engraçada ainda! Falar com a administração do Stand Center? Pffffff!

Alguém tem um machado dos bem graúdos?

Ah! O Infinito


Cheguei finalmente a uma prova cabal, ou uma demonstração lógica, quase matemática de que o universo é infinito.

Ou pelo menos, de que há algo depois do fim do universo.

Desculpem se me repito, mas essa é uma questão que não me deixa dormir. Acho tão, mas tão interessante pensar nisso que não deixo de fazê-lo nem um dia sequer.

Analisemos pois, duas hipóteses:

A - O universo é infinito

e

B - O universo é finito.

Separação binária, ou é ou não é.

Nos debrucemos primeiro sobre a hipótese A:

Se o universo é infinito, ele é infinito e pronto, não tem fim e matamos a questão.

O universo é de fato infinito do ponto de vista da hipótese A.

Já a hipótese B, nos aponta para o seguinte raciocínio:

Sendo o universo finito, ele tem um fim, um término.

Vejamos a definição de "finito", extraída do dicinário Houaiss:

finito {verbete}
Datação
1510 CDP I 135

Acepções
■ adjetivo e substantivo masculino
1 que ou o que tem um fim, um limite
■ adjetivo
Rubrica: gramática.
2 diz-se dos modos indicativo, imperativo, condicional e subjuntivo

Etimologia
lat. finítus,a,um part.pas. de finìo,is,ívi ouìi, ítum,íre 'limitar, demarcar, determinar'; cp. divg. findo; ver fin-; f.hist. 1510 fenito, 1540 finito

Sinônimos
como adj.: ver antonímia de permanente

Antônimos
infinito; como adj.: ver sinonímia de permanente


Sendo "finito", tudo que tem um limite, um fim, podemos chegar à simples conclusão que, sendo finito o universo, deverá haver um limite e esse limite certamente separa o universo de alguma outra coisa, que não sabemos o que é.

Há portanto, algo após o término do universo.

Assim sendo, podemos dizer que o universo, da maneira que o conhecemos, pode ser finito, mas que há algo após o seu fim, isso há, por definição.

Depois do fim dessa nova coisa, não sendo ela infinita, heverá uma nova coisa. E depois da nova coisa, uma outra, que pode ou não ter um fim.

Desta forma concluo que, considerando as hipóteses A e B, o universo é infinito, ou caso ele tenha um fim, o espaço no qual está inserido este universo é infinito e composto de outros universos ou de outras coisas por nós tão desconhecidas quanto o próprio universo e seus limites.

Isso pois, um fim sempre pressupõe uma borda, algo que separe isso daquilo, mas sempre pressupondo um "aquilo" que vem depois.


Tomara que ninguém me interne!

segunda-feira, outubro 01, 2007

Educação imagética - Bandeira Gay

Depois de notar a polêmica envolvendo a bandeira gay e o quadro do Ellsworth Kelly, resolvi trazer mais informações.

Ainda mais que percebo que os assuntos polêmicos geram mais comentários! Falem mal mas falem aqui, no rapsberrydreams, quero sempre ouvir a opinião de todos, por isso fiz um blog.

Vejam essa matéria que fala sobre a mudança da bandeira gay, que na origem tinha 8 cores, depois perdeu duas e em 2003 ganhou uma nova versão, com 8 cores novamente.

Matéria na íntegra - Mix Brasil - UOL

Errei no meu comentário no blog, quando disse que a programação cromática ia do amarelo pro magenta.

Na verdade ela vai do vermelho pro magenta e agora inclui o pink.

Basta comparar com o quadro do Ellsworth Kelly e notar a diferença assustadora. A principal está na ordem das cores e na sua tonalidade.

Nem tudo que é colorido é gay.

Ou será que podemos assim chamar essa tv fora do ar?


Atendendo a pedidos, editei essa postagem apenas para incluir a nova bandeira gay, com as famosas 8 cores, que incluem o índigo e o pink:

sexta-feira, setembro 28, 2007

Hora do almoço


Minha Hora do Almoço

Tem sido, com frequência bastante rica do ponto de vista filosófico e cultural.

Hoje mesmo conversei francamente sobre a pena de morte, e sobre ditaduras, e sobre liberdades, e direitos individuais, censura, o seu lado bom, o seu lado ruim.

Conversa séria. Argumentos coerentes, mentes razoavelmente bem treinadas na arte de esmiuçar um tema. Espaço para ouvir e para escutar.

Como pode, alguém, antes de qualquer investigação, afirmar que outra pessoa matou alguém? Falar mal de qualquer pessoa, é prejudicá-la para sempre, ainda mais com o alcance e poder de persuasão que tem a mídia.

E é exatamente isso que fazem os programas sensacionalistas de notícias na tv. Não "careço" nem de citar nomes.

A censura sendo discutida do seguinte ponto de vista: Não se pode sair por aí falando qualquer coisa de quem quer que seja. Porque isso é irreversível, prejudica e fere a liberdade do outro.

Essa imprensa não devia ser "processada/penalizada" pelos danos que causa? Crimes como esse não deviam estar previstos no código penal?

Mas a mídia é efêmera, feita pra vender. E isso vende. Acabou. Tá legitimado em nome do business, trabalho, negação do ócio, denúncia, são os verdadeiros policiais do nosso país, zelando pela justiça.

E vamos parando por aqui por causa da política "pocket-info" que já foi excedida aqui.

E porque só temos uma hora de almoço.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Ellsworth Kelly

A Incrível Fábrica de Caralhos



Fala por si.

Diferentes Pontos de Vista


Não tenho nem o que falar, fora pedir encarecidamente que leiam essa matéria que saiu no "Herald Tribune".

Foi escrita por Vaclav Havel, ex-presidente da República Tcheca e atenta para o óbvio, e que nós não enxergamos, quer dizer, muitos de nós.

Enquanto não acabar esse jeito de olhar o mundo, sempre colocando o homem como agente máximo, sujeito supremo, fim e começo de todas as ações, continuaremos caminhando para o nosso fim.

E o planeta sorri.

Aquele mesmo papo: a Matéria é longa, mas, mais longa será a vida do planeta sem seu principal câncer.

O planeta não está em perigo. Nós é que estamos

Vaclav Havel
Em Praga

Nos últimos anos pergunta-se de forma cada vez mais enérgica se as mudanças climáticas globais ocorrem ou não segundo ciclos naturais; até que ponto nós, humanos, contribuímos para tais mudanças; que perigos são provocados por estas e o que pode ser feito para preveni-las.

Estudos científicos demonstram que quaisquer alterações na temperatura e nos ciclos de energia em escala global poderiam significar uma ameaça generalizada para todas as pessoas em todos os continentes.

Também é óbvio, com base nas pesquisas publicadas, que a atividade humana é uma causa de mudança; só que não sabemos qual o tamanho da contribuição específica desta atividade. Mas, é realmente necessário conhecer o tamanho desta relação de causa e efeito com uma precisão que chegue ao último ponto percentual? Ao aguardar por uma precisão incontestável, não estaríamos apenas perdendo tempo, quando poderíamos estar tomando medidas que são relativamente indolores quando comparadas àquelas que teríamos que adotar após mais postergações?

Talvez devêssemos começar a enxergar a nossa estada temporária na Terra como um empréstimo. Não pode haver dúvida de que nas últimas centenas de anos, pelo menos, o mundo euro-americano tem acumulado uma dívida, e que agora outras partes do planeta estão seguindo esse exemplo.

Agora a natureza está fazendo advertências e exigindo que nós não só contenhamos o crescimento da dívida, mas também comecemos a pagá-la. Não há muito sentido em questionar se contraímos um empréstimo excessivo, ou perguntar o que aconteceria se adiássemos o pagamento. Qualquer pessoa que tenha uma hipoteca ou uma dívida bancária pode facilmente imaginar a resposta.

Os efeitos das possíveis alterações climáticas são difíceis de se estimar. O nosso planeta nunca esteve em um patamar de equilíbrio do qual pudesse se afastar devido a determinada influência, humana ou não, para depois, no momento apropriado, retornar ao seu estado original.

O clima não é como uma espécie de pêndulo que retornará à sua posição original após um certo período. Ele evoluiu de maneira turbulenta no decorrer de bilhões de anos rumo a um complexo gigantesco de redes, e de redes no interior de outras redes, nas quais tudo está interligado de diversas formas.

As suas estruturas jamais retornarão precisamente ao estado em que se encontravam há 50 ou 5.000 anos. Elas só sofrerão alteração para um novo estado, que, contanto que a mudança seja reduzida, não implicará necessariamente em qualquer ameaça à vida.

Porém, mudanças de grande magnitude poderiam ter efeitos imprevisíveis no interior do ecossistema global. Em tal caso, teríamos que nos perguntar se a vida humana seria possível. Como ainda prevalece tanta incerteza, é necessária uma grande dose de humildade e circunspecção.

Não podemos iludir a nós mesmos indefinidamente, afirmando que nada está errado e que podemos manter alegremente os nossos estilos de vida consumistas, ignorando as ameaças climáticas e adiando uma solução. Talvez não haja nenhum perigo relativo a qualquer grande catástrofe nos próximos anos ou décadas. Quem sabe? Mas isso não nos desobriga da responsabilidade com relação às gerações futuras.

Não concordo com aqueles cuja reação às possíveis ameaças é alertar contra as restrições às liberdades civis. Caso as previsões de alguns climatologistas se confirmem, as nossas liberdades serão equivalentes àquelas de alguém dependurado no parapeito no vigésimo andar de um edifício.

Vivemos em um mundo conectado em uma única civilização global que abrange diversas áreas civilizacionais. Nos dias de hoje a maioria delas tem uma coisa em comum: a tecnocracia. Prioriza-se tudo que seja calculável, quantificável ou avaliável. Entretanto, este é um conceito bastante materialista, que nos está empurrando em direção a encruzilhadas importantes para a nossa civilização.

Toda vez que reflito sobre os problemas do mundo de hoje, quer estes digam respeito à economia, à sociedade, à cultura, à segurança, à ecologia ou à civilização em geral, sempre acabo me confrontando com a questão moral: que ação é responsável ou aceitável? A ordem moral, a nossa consciência e os direitos humanos - essas são as questões mais importantes no início do terceiro milênio.

Precisamos retornar repetidas vezes às raízes da existência humana e refletir sobre as nossas perspectivas nos séculos vindouros. Temos que analisar tudo com a mente aberta, moderadamente, de uma forma que não seja ideológica e obsessiva, e traduzir o nosso conhecimento em políticas práticas.

Talvez não se trate mais de uma questão de simplesmente implementar tecnologias para economizar energia, mas preponderantemente de introduzir tecnologias ecologicamente limpas, de diversificar os recursos e de não depender de uma única invenção como panacéia.

Também sou cético quanto à possibilidade de que um problema tão complexo quanto a mudança climática possa ser resolvido por um único ramo da ciência. Medidas e regulamentações tecnológicas são importantes, mas igualmente importante é o apoio à educação, ao treinamento ecológico e à ética - uma consciência da semelhança de todos os seres vivos e uma ênfase no compartilhamento de responsabilidades.

Ou atingiremos uma consciência em relação ao nosso lugar no organismo vivo e provedor de vida do nosso planeta, ou correremos o risco de ver a nossa jornada evolucionária retroceder milhares ou até mesmo milhões de anos. É por isso que entendemos essas questão como muito importante, e como um desafio para que nos comportemos responsavelmente e não como arautos do fim do mundo.

O fim do mundo foi antecipado diversas vezes no curso da história e, é claro, nunca chegou. E também não chegará desta vez. Não devemos temer pelo nosso planeta. Ele estava aqui antes de nós, e muito provavelmente continuará aqui depois dos seres humanos. Mas isso não significa que a raça humana não esteja correndo sério risco.

Como resultado dos nossos esforços empreendedores e da nossa irresponsabilidade, o nosso sistema climático pode não deixar um espaço para nós. Se adiarmos as ações, a margem para a tomada de decisões - e, conseqüentemente, para a nossa liberdade individual - poderá ficar bastante reduzida.

* Vaclav Havel é ex-presidente da República Tcheca. Traduzido do tcheco por Gerald Turner.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Dica Musical 2


Dica 2 - Give me the seventies - Carlos Jean - trilha Sonora de Lúcia e o sexo (2001).

das coisas hilárias da vida....


Essa foi uma das mais....

Achei no Blog do Juca Kfouri... ainda não vi com o audio, mas quase morri de rir.

Agora falando sério... É uma pena essa situação do Corinthians, um clube tradicional, de enorme expressão no cenário internacional... mphhhh HAHAHUEUHAAUHEAUHEAUEUHAE HIHIHIHIHHIHHHHHHIHIHIHIHI HUHUHUHUHUHUHUHUHUHUHUHUHUHUHUHUHU KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

DESCULPEM...

Inclusão Digital - Brasil

Com dados da FGV, vejamos esse ranking dos municípios brasileiros e a porcentagem de incluídos digitais.

São Paulo ocupa a décima quinta posição atrás de São Caetano do Sul, Niterói, Santos, Vitória, Florianópolis entre outras.

Destaque para a última cidade da lista, com nome sugestivo, onde apenas 0,2% das pessoas foram consideradas incluidas digitalmente pela FGV: América Dourada - BA

Será que é reflexo, ainda, dos espanhóis?

click aqui para ver o ranking (PDF)

segunda-feira, setembro 24, 2007

Dica Musical 1



dica 1 - Ethanopium - Mulatu Astatke - Trilha Sonora do Broken Flowers com Bill Murray

sexta-feira, setembro 21, 2007

Mapa da Luz


Vale muito a pena ver onde tem luz elétrica no mundo.
O uso sistematizado de energia elétrica é um bom indicativo de regiões mais ou menos desenvolvidas economicamente.

Onde você mora?


Fonte: FGV

Pra onde vamos? Fritjof Capra

Nessa?


Ou nessa?



Vejam esses infográficos retirados do site da Unicamp/FEA

Eles falam mais do que milhões de palavras.

(click com "Shift" para abrir em outra janela)

O que estamos fazendo

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O que deveríamos pensar em fazer

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