sexta-feira, dezembro 28, 2007

De novo ele


Descobri um trabalho acadêmico, feito pois dois portugueses, que trata do infinito do ponto de vista da matemática.

Dele retirei o último drops sobre o infinito.

Olhando melhor, achei muita coisa interessante que acrescenta nessa (infindável) discussão sobre o infinito.

Vamos a elas:

O conceito de infinito surge, antes de mais, na filosofia com o significado de que não existem limites. É a especulação teológica que dá a este conceito um conteúdo positivo de perfeição (ou grandeza) que é impossível superar.

Micheli, in Romano, 1997, p. 133

O infinito é algo de indefinido, por não ter fim ou limite;

O infinito não é definido nem indefinido, porque no que lhe diz respeito, carece de sentido toda a referência a um fim ou limite;


O infinito é algo meramente potencial, que está “sendo” mas não “é”



O infinito é algo actual e inteiramente dado.


Existem duas formas de encarar teoricamente o infinito:

as positivas

que se referem à noção de número transfinito elaborada por Cantor
no âmbito da teoria dos conjuntos, ou que se referem ao infinito enquanto
característica necessária da perfeição absoluta;

as negativas

que defendem o infinito como a ausência de um certo limite.


"O substantivo «infinito» é uma palavra cômoda e que se não pode substituir : não se pode tornar misterioso nem «fazer vertigens»
senão àqueles que ignoram ou que esquecem a maneira tão simples pela qual se pode defini-lo.”


Marcel Boll in As etapas da matemática


Do nada criei um novo e estranho universo.

Janos Bolyai

A última coisa que se nos depara ao fazermos uma obra
é saber aquilo que se deve pôr em primeiro lugar.


Blaise Pascal


É impossível atravessar o estádio; porque, antes de se atingir a meta, deve
primeiro alcançar-se o ponto intermédio da distância a percorrer; antes de atingir
esse ponto, deve atingir-se o ponto que está a meio caminho desse ponto; e assim
ad infinitum.


Kirk e Raven, 1979, p. 300-301

O coração tem razões que a própria razão desconhece.

Blaise Pascal

A mais intransponível de todas as barreiras da Natureza é aquela existente entre os pensamentos do Homem e
os de outro.


William James

Querer a verdade é confessar-se incapaz de a criar.


Friedrich Nietzsche

Se não esperais o inesperado, não o encontrareis,
visto que é penoso descobri-lo e, além disso, difícil.


Heráclito

Para alcançar a verdade é necessário ; uma vez na
vida, pôr tudo em dúvida – até onde seja possível.


Descartes

O caminho dos paradoxos é o caminho da verdade.


Oscar Wilde

Quando discutimos uma questão transcendente, devemos
ser transcendentemente claros.


Descartes

O que mais desespera, não é o impossível. Mas o
possível não alcançado.


Robert Mallet

Ler bem o universo é ler bem a vida.

Victor Hugo

(...) Deveria haver uma cadeia infinita unindo um qualquer macaco a Darwin,
respeitando as regras: o filho de um macaco é um macaco, o pai de um homem é um
homem. »


Reeb, cit in Stewart, 1996, p. 85

Nunca se vai tão longe como quando se sabe para
onde se vai.


Oliver Cromwell


É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma
estrela.


Friedrich Nietzsche

O marketing e a Lebre


Hoje em dia tudo é passível de ser maquiado e transformado numa coisa boa, positiva.

Mesmo as piores coisas.

Lendo o blog do FITI, dei de cara com um link para um texto do atual presidente corinthiano, Andrés Sanchez.

Me chamaram demais a atenção os recursos usados para fazer a queda de divisão parecer amena, quase boa.

Sobre a queda de divisão, vejam as belas palavras:

"É claro que todos nós torcedores, dirigentes ou pessoas ligadas ao clube recordaremos amargamente para sempre deste ano como aquele em que sofremos por alcançarmos a Segunda Divisão do futebol nacional."

"Alcançarmos a segunda divisão (!!!)"

E não estou aqui para espinafrar os corinthianos.

Estou aqui para dizer que é um absurdo que o marketing social exista, quando os objetivos das empresas sempre foram os mesmos: O lucro.

Se tem alguém ajudando alguém é pensando nas verdinhas. Se dar dinheiro aos pobres melhora a imagem da empresa e isso dá lucro, vamos dar dinheiro aos pobres. Se dá desconto em algum imposto, então melhor ainda.

É um absurdo que qualquer um julgue um suspeito ao vivo, sem que esse tenha chance de se defender, como acontece todos os dias nesses programas que aparentemente são os policiais da sociedade e estão a serviço do bem, contra os malfeitores.

É absolutamente abjeto o fato de que as propagandas mentem descaradamente, sobre preços, condições de pagamento e até a entrega do produto.

E eles podem mentir porque colocam no anúncio, láááá no final, um asterisco beeeeeem pequenininho, ilegível dizendo assim:

* essa promoção dura apenas meia hora e nós não nos responsabilizamos por cumprir nenhuma das condições anunciadas.

E a bela modelo que vemos nas revistas? Nem ela existe! É tudo um truque de photoshop e as pessoas compram aquele padrão de beleza, depois se depreciam, ficam infelizes com seus corpos, pois é difícil parecer daquele jeito, e compram o embelezator na farmácia e lêm no rótulo que aquele produto "embeleza em dois dias ou seu dinheiro de volta"

Tá parecendo um balaio de gato?

O que tem em comum em tudo isso?


Não sou a favor da censura, nem da ditadura, nem de restrições às liberdades individuais.

Mas pelo-amor-de-Deus, não podemos permitir que qualquer coisa seja veiculada por um simples motivo: essa veiculação mentirosa fere a liberdade e direito de escolha de muita gente.

Algo precisa ser feito no sentido de se verificar a autenticidade de informações divulgadas. E aí vai discussão pra mais de ano.

Mas é melhor discutirmos, pois caso contrário, teremos alcançado gloriosamente a segunda divisão, julgaremos milhares de inocentes como culpados, compraremos gato por lebre e continuaremos assistindo ao mais nefando espetáculo que é:

Informação sendo tratada como mercadoria, maquiada, usurpada, falsificada, embelezada.


"Ahh, mas acreditou porque é ingênuo, se tivesse estudado não acreditava...."


Moramos no Brasil, onde as pessoas não estudam, e quando estudam, o fazem de maneira precária, com baixíssima qualidade no ensino e no coeficiente de aprendizagem.

Quando vamos parar de cercear a liberdade de quem não tem como se defender?

Ou será que só a nossa falsa liberdade importa?

Ou o lucro?

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Drops do Infinito

E lá vou eu de novo! Só pra jogar mais lenha numa fogueira pretensamente morta!

Apenas um drops, desconectado, mas muito interessante!

infinito é algo indefinido, por carecer de
fim, de limite ou termo.

O infinito não é nem definido nem indefinido, porque em
relação a ele carece de sentido toda a referência a um fim, limite ou termo.

O infinito é algo meramente potencial: está a ser, mas não é.


Transcrição de um dicionário de filosofia

RSS


Não sei se meus leitores mais atentos notaram o novo link que aparece aqui do lado direito intitulado "RSS".

O que significa a sigla eu não sei, mas sei que esse link permite que você leitor acompanhe as novidades do Rapsberrydreams sem precisar acessar o http://rapsberrydreams.blogspot.com todos os dias, manualmente.

Como isso funciona? Através de um bacaninha google reader.

Acesse www.google.com/ig (i-google). Lá você, que tem um orkut, um gmail e outras ferramentas google, pode acessar tudo no mesmo painel, apenas acessando o seu i-google, com os mesmos login e senha da sua conta google.

Lá você terá data e hora, avisos dos aniversários pelo orkut, um preview da sua caixa de entrada do gmail e os tópicos recentes postados nos blogs de sua preferência.

Para que seu i-google seja alimentado com as novas do Rapsberrydreams, basta clicar nesse famigerado link "RSS" e adicionar o feed (é assim que chama) do meu blog ao seu i-google.

Assim sempre que você encontrar a imagem acima, essa laranjinha, geralmente significa RSS (Eu não tive a competência, ainda de colocar a imagem ao lado do link, mas eu chego lá.)

Assim quando você enxergar esse link, basta clicar e adicionar o feed ao seu i-google, ou reader da sua preferência. Assim você verá as novas postagens sem ter que ficar digitando uma maratona de endereços no seu browser pra fazer a sua leitura diária.

Espero que tenham compreendido (eu ainda não compreendi) na medida do possível.

Espero mais ainda, espero que isso ajude os que tem preguiça ou falta de hábito de ler o Rapsberrydreams a fazê-lo com mais ou com alguma frequência.

Rapsberrydreams e você, uma história de amor!

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Fênix


Eu sou a Fênix!

Ressurjo com alegria!

Com respeito peço licença,

Ao Norte da Terra e ao Sul do Fogo.

Ao Leste do Ar e ao Oeste da Água.

À minha Senhora e ao meu Senhor seu consorte.

Ao meu lado tudo é próspero.

Ao meu lado tudo é vivo e pleno.

Nas minhas garras levo qualquer um aos céus.

Nas minhas plumas está gravada a história do mundo.

Do meu mausoléu nascerão flores que se espalharão pelo mundo.

Do seco solo repleto de cinzas verterá água limpa.

As mortas pradarias se encherão de vida.

O envenenado céu se encherá de brisa.

E o aturdido mar renovará as esperanças.

De cada olhar que se cruze nascerá um amor.

De cada mãe infertil nascerá uma criança.

De cada grão nascerá uma planta sadia.

De cada planta tiraremos nosso sustento.

E do sustento, o nosso sustento.

De cada animal tiraremos a certeza.

E do vento virão as notícias.

De que o mundo renasce hoje.

E que se saiba com perfeição.

Que estando ao lado da Fênix,

Não há limites para o nosso vôo.

Que isso seja repetido.

Até a sétima geração.

terça-feira, dezembro 18, 2007

Drops Vespertino II

Veio direto de Sitzo! Não coloquei nem tirei nada!

" Facícilis descensus averni; Noctes atue dies patet atri janua ditis; Sed revocare gradum superas que evadere ad auras, Hoc opus, hic labor est."

"A descida para o inferno é fácil, a porta de plutão fica aberta noite e dia. Mas voltar e retornar à atmosfera superior, aí está o trabalho, aí a dificuldade."


Sìbila para Enéias

Drops Vespertino

Essa é basica, mas ninguém usa de fato.

Sérissimo, se a gente aprender essa, tudo fica tão mais fácil.... consiste em dividir o mundo em duas partes: o que dá e o que não dá pra resolver.

Deve ser chinesa:

"O que não tem solução solucionado está."

Buda


Nesse domingo eu fui num lugar diferente pros meus hábitos: um centro budista.

Lá assisti a uma aula bastante interessante. Ministrada por uma monja que, sentada em almofadas, soltava sabedoria pelas ventas.

Sempre atento e ciente de que se pode buscar informações úteis em qualquer lugar, me surpreendi com a serenidade e sabedoria das palavras dessa monja. (não que eu esperasse ser mais sábio do que ela ou que pensasse estar ela dando a aula por acaso)

O tema era a realização dos desejos. E ela acrescentou muito no que eu já sabia:

Sim, qualquer desejo pode ser realizado mas (e aí vem a novidade) dependemos de uma espécie de moeda de troca, o mérito.

O mérito é a energia positiva que acumulamos quando fazemos ações virtuosas.


Quando desejamos alguma coisa, gastamos nosso mérito no sentido de conseguir alcançar nossos desejos.

Há três tipos de desejos: os virtuosos, os inúteis e os nocivos.

E o mérito não sabe nem escolhe a natureza do seu desejo.


Ela fez questão de frisar o seguinte: sim podemos conseguir o que quisermos, mas temos que ser sapientes para que não tenhamos desejos inúteis e nocivos, pois desta forma gastamos o nosso mérito e não o usamos para nada que contribua para nossa existência.

Enfim, a chave:

Quando desejamos o bem de todos os seres vivos, gastamos nosso mérito em uma ação virtuosa, que por definição gera mais mérito.

Desta forma, produzinho uma cornucópia de energia postiva, somos realmente capazes de tornar o mundo melhor, começando, literalmente, por cada ser.


O engraçado é que, uma semana antes, eu havia chegao a uma conclusão semelhante, sem qualquer contato com esses ensinamentos. Pensava eu assim: Não entendo porque querer o mal de quem quer que seja.

Caso todos sejamos prósperos, saudáveis, alegres e bons, não precisaríamos nos preocupar mais com nada, pois a humanidade toda seria florescente como uma cidade portuária medieval.

E assim, só teríamos de escolher entre sermos donos do nosso negócio ou trabalhar por um alto salário.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Sobre desistir



Me inspirei no blog da Tomsolina!

Começando com uma frase importante:

"Não sabendo ser impossível, ele foi lá e fez."

E uma poesia de Temper Milles!

Se não morrermos na tentativa mal sucedida de atracar o barco...

Certamente estaremos mais fortes para subir nas rochas....

Se machucarmos nossas mãos nas afiadas navalhas do mexilhões...

Com certeza estaremos mais sábios para procurarmos a maciez das algas...

Caso escorreguemos nas lisas algas...

Certamente estaremos mais equilibrados para procurar a macia aspereza de uma praia....

Caso não consigamos vencer a arrebentação....

Estaremos pacientes para aguardar uma correnteza que nos leve para uma paragem segura.....

No caso de irmos parar em um lugar desconhecido....

teremos tempo, coragem, sapiência, paciência, sabedoria e inteligência para mapeá-lo...

E esse será o nosso lugar, que não seria nosso se tivéssemos desistido na primeira agrura.

Nunca desista!

Temper Milles

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Pé de Valsa - Diferença na Biota


Pra quem não conhece, Pedro Bial "Pé de Valsa" Nunes, é biólogo, herpetólogo e pesquisador do Instituto de Biociências da USP-SP. Além disso trabalha no museu de Zoologia dessa mesma universidade. (Corrigindo: Bial faz doutorado no Instituto de biociências da USP e não no museu de zoologia como anterior e errôneamente publicado)

Há muito tempo atrás, publiquei no blog um artigo do Vàclav Hável que dizia algo sobre estarmos chegando no momento de começarmos a pagar nossa dívida para com a terra, ou seria tarde demais.

Pedi a Opinião de Pedro Bial "Pé de Valsa" Nunes e eis sua resposta, muito legal por sinal. Tanto que decidi publicar aqui para aumentar esse debate!

Go Nunes! Com você a palavra!

Diogão,

Muito, mas muito interessante mesmo o artigo do brother tcheco!!

Concordo com ele em vários aspectos! Só não concordo muito com a relação que ele descreve como um empréstimo da Terra para a humanidade. No meu modo de entender, nós, assim como todos os demais seres vivos, fazemos parte de uma dinâmica na Terra onde utilizamos os recursos e deixamos resíduos em maior ou menor quantidade.

Fazemos parte da Terra e dessa dinâmica. A diferença é que de uns 5000 anos para cá (poucos perto dos bilhões de anos da existência do planeta), a nossa espécie se tornou o maior agente modificante vivo que já existiu para o clima e condições que permitem a existência da biota na Terra.

Apesar dos pesares, isso ainda é um processo natural, que só pode ser reconhecido e analisado e, quiçá diminuído e evitado (particularmente não acredito), pelo ser humano porque possuímos aptidões intelectuais inerentes à nossa espécie nunca antes registradas na história evolutiva (da biota) na Terra.

Também não compartilho da mesma concepção de fim do mundo do Sr. Havel.

Na minha concepção, o fim do mundo - que já foi previsto uma série de vezes e nunca chegou - não é o fim do planeta, Fim este que eu não acho que seja facilmente previsível e nem tenho motivos para acreditar que esteja próximo.

Acredito sim que este fim esteja relacionado à nossa existência (extinção da nossa espécie). Isso sim, na minha opinião, está próximo (biologicamente falando e mais próximo ainda geologicamente falando) e já é inevitável, já que como o próprio Havel disse a resolução dos impactos já causados não é simples e não depende só de uma ciência.

Estamos em um momento crítico onde teríamos que tomar uma decisão entre caminhar para o fim e nos manter como estamos, já que acredito que não seja mais possível voltar atrás em muitas das mudanças climáticas já efetivadas.

Infelizmente, o que vemos é que a escolha foi feita pela manutenção dos nossos hábitos pouco sustentáveis e que as condições de vida para a nossa espécie vão continuar escasseando até acabar... Daí sim será o fim do mundo... do nosso mundo!

Bial

Em busca do tempo perdido


Nem tudo está perdido, Oswaldo!

O tempo perdido foi buscado.

Lá atrás, num lugar ermo,

Nas mãos de uma moça que sorria

Sozinha.

Ou seus nervos o faziam

Contraindo-se

Ou regozijando-se

Pelo suave prazer

De percorrer...

Os doces caminhos...

das lentas distâncias atravessadas

Proust vive!


Rapsberry Dreams Testa - 2

Tá virando moda!

Rapsberry Testa parte 2!

Graças a colaboração de dois assíduos leitores, vamos continuar com esse bem sucedido tipo de postagem.

Desta vez a briga começou quente!

Do lado alvi verde do ringue!

Ricardo Infante: Poeta, administrador de bares, designer, palestrino roxo e baiano na alma, com o seu totalmente (por mim) desconhecido: Mark Ronson - Version



Do lado alvi negro do ringue!

Ela que dispensa apresentações (mas vamos a elas):

Sitzuokohara: corinthiana, maloqueira, sofredora (graças a Deus e a mais da metade do time), etc etc etc.
Com o seu surpreendentemente desconhecido (por mim), extraído de uma das trilhas sonoras que eu mais gosto (apresentada pela Lu): Holly Golightly - Truly She Is None Other



E a briga começou quente já na capa: antecipando um dos quesitos, Ricardo ganha por pontos (um apenas) o primeiro round! Curti demais a capa do Version de Mark Ronson. Não que a capa de Truly She Is None Other de Holly Golightly não seja legal ou interessante, gostei também, mas quem ganha o primeiro round e volta quase inteiro para o seu corner é Ricardo Infante!

Que rufem os tambores! E vamos ao que interessa mesmo, a parte musical!

Quem sairá arranhado dessa? Teremos novo empate técnico?

Acompanhem cenas do próximo capítulo no Rapsberry Dreams mais próximo da sua casa!

terça-feira, dezembro 11, 2007

Saudoso Apagão


Nada me deu tanta revolta quanto a quantidade de luzes natalinas espalhadas pela cidade esse ano. Não só nesse, mas em 2007, parece que exageramos.

Não porque sou um azedo, que mataria o papai noel se pudesse, nem porque odeio o natal, não não...

É pelo fato de que a algum tempo atrás estávamos todos embasbacados com o apagão que vivíamos.

Como é possível? Perguntávamos. E olhávamos estupefatos fotos aéreas de São Paulo pré e pós apagão.

Hoje, ninguém mais lembra disso, ninguém mais fala, a imprensa não noticia mais o que foi feito esses anos, que permite que hoje acendamos luzes a granel, sem nos preocuparmos com o gasto de energia.

Pergunto:

A preocupação naquela época era pelo exagero no consumo de energia e o modo de vida que nos levou a ele? Ou era o simples incômodo de ficar sem luz?

Não ficou nada de útil do apagão?

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Rapsberry Dreams Testa - Resultado

Pois é meu povo!

Esqueçam a política Pocket Info.

Pois, Como diria Proust, vamos saborear o caminho das longas distâncias atravessadas.


Demorou mais saiu o resultado do primeiro Rapsberry Dreams Testa!

E a demora é absolutamente justa, pois precisava digerir os dois discos já que não os conhecia.

Os candidatos a revelação do ano eram:

Do lado alvinegro do ringue:

Sitzuokohara, japonesa (cidadã do mundo), xiita e corinthiana. Dispensa maiores apresentações.

Ela concorria com a indicação: Pink Martini - Hang On Little Tomato

Do lado alviverde do ringue:

Domenico "Demaschio", italiano, (cidadão do bixiga), palmeirense, anticorinthiano, baixista e frequentador assíduo do bar "Seu Justino".

Ele concorria com a indicação: The Strokes - Is This It

Vamos ao resultado.

Confesso que não sou o tipo mais chegado em rock and roll. Digamos que gosto de coisas pontuais, como Nirvana (Nevermind), já fui fan do Metallica (Kill 'em All, Ride The Lightning e Master of Puppets), gosto bastante de Cake (todos os albuns) e de algumas faixas específicas de (alice in chains - faith no more - The Who - Stones - AC DC (Back in Black) entre muitas outras.)

Assim, Domenico "Demaschio" saiu em desvantagem, pois a digestão do album do Strokes não foi facilitada pelo repertório do juiz.

No começo não gostei, tenho dificuldade com guitarras pesadas. Mas depois, aconteceu uma coisa interessante: a própria candidata concorrente Sitzuokohara interviu em favor de Domenico. Ela me explicou que este é um dos poucos (ou o único) album que pode ser considerado "punk", no que diz respeito às raízes do movimento, sempre tendo em vista a eterna banda "Ramones".

Depois disso, comecei a "ouvir com outros ouvidos".

E comecei a gostar daquela melodias fortes e ao mesmo tempo melancólicas. Principalmente das faixas 4, 5 e 6, "Barely legal", "Someday" e "Alone, Together".

No final, graças a Sitzuokohara e um bocado de abertura mental, passei a realmente apreciar o disco.

Ponto para o senhor domênico, que contou com a ajuda de Sitzuokohara. Belo disco.

Detalhe, esse é um dos discos de cabeceira de Sitzuokohara, admiradora número 0 do movimento punk.

Agora vamos ao Pink Martini.
Esse bateu e agradou de primeira. Em primeiro lugar por ser eclético demais. Mistura ritmos, dentro até das faixas, com melodias interessantes e uma instrumentação refinada. A cereja do bolo é a voz da cantora (desculpem mas não pesquisei seu nome).

Além disso, faz releituras, não de faixas específicas, mas de estilos musicais, como a música tradicional italiana e a japonesa, compondo coisas sonoramente muito ricas.

A faixa 7, Lilly, é realmente muito boa, e destaco também as faixas 3, 11 e 12 (Hang On little tomato, Una Notte a Napoli e Kikuchiyo To Mohshimasu).

Trata-se de um som que posso comparar com "The Cat Empire", por exemplo, pois fica difícil até de traçar um estilo da banda. O estilo é mudar sempre, renovar coisas consagradas e um misto de boa música com excelente humor. Como disse a Luca, tem um quê de brega, mas apenas no quesito diversão, pois nada tem um tom muito sério. Passa a seguinte impressão no começo: "estamos brincando mas falando sério!" Porque musicalmente é muito bom.

Bem o tipo de banda que eu gosto.

Resultado? Ponto pros dois!

E vivam as indicações como estas!

Quem serão os próximos candidatos?


"Inscrições em Rapsberrydreams no campo de comentários desta postagem"


P.S. Essa postagem foi editada pois fui avisado de um erro crasso: Back in Black é do AC/DC e não do Metallica, (devo ter esquecido meu antipsicótico no analista de sistemas)

segunda-feira, dezembro 03, 2007

O MAIÚSCULO AMOR

Me lembrei dessa esquecida poesia quando lia o maravilhoso blog do Rick... ahhh o amor....

Amoreado

Quando o amor chega,
o vento bate e desespera.

Mesmo sendo primavera
molha e tinge nossa tez

Muito triste entregue à espera.
Brisa morna, brisa fria

De esperança e de soberba,
mais um pouco morreria

Bate forte de alento
do normal soma mais três

Faz do peito um grande alarde
sem que tarde a maresia.

E tomara não perceba
que da vida nada fez.

Temper Milles