E foi depois do crepúsculo que um anjo guerreiro veio ao meu ouvido:
É assim mesmo meu filho, não se procupe. Acontece que, quando os filhos estão inertes, eles nem se dão muito conta da gente....
Ele se virou de costas e passou a observar as chamas da lareira que esquentava a cabana.
Quando um filho começa a se erguer é que começam a tentar te derrubar.
E foi justo logo após eu pedir a proteção.
No fundo é uma guerra, e quem é massa de manobra é adversário. Você erga sua torre alta, meu filho, que vem muita batalha pela frente.
Seja o pilar daqueles à sua volta, erradique suas doenças e a destruição de si.
Aqueles que ainda vagam, ajude a encontrar a luz.
Escutei.
Seja exemplo de pureza, não se permita envaidecer. Quem a ti de longe olha se fascina com a sua luz. Faça disso um benefício e não tiro de culatra, se mantenha sempre humilde pois contigo faço conta.
Eu sempre soube disso, mas não pude deixar de sentir as pernas amolecerem e o ar me faltar.
Só faltava aquela imagem que sentia estar bem próxima. Era como se, ao abrir a porta da cabana, estivesse de frente à ela. Aquela trilha que levava à uma montanha.
Não consegui ser natural, me faltaram as palavras.
Seja constante meu filho, mas escolha um ponto firme. Escolha aqueles que contigo construirão uma irmandade. Faça tudo diferente do que viste nesse mundo. Se mantenha próximo da água, mas no alto de uma montanha. O mundo será diferente, requererá novas habilidades. Que só poderão ser extraídas dos ensinamentos mais simples e rudimentares, mas que vem sendo esquecidos até quase se perderem.
Disse isso me deixando, com a promessa de retorno. Sei que posso chamá-lo, mas contudo preciso ir em frente.
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