quinta-feira, março 20, 2008

Faca de ponta

Ah!

Injusto ser que nos assola.

Tens a real dimensão do mal que proporcionas?

Nos dá de comer na ponta de uma faca.

E enquanto abocanhamos, tu olhas para trás, displiscente.

Nos mostra que tão somente a sua negligência pode nos ser fatal.

E nos faz sentir em parte suas reais intenções, sangrando nossa língua.

Olhas para cima, para o chão.

Mas parece ignorar enquanto nos alimenta de ilusões.

Finas fatias da sua melhor iguaria.

Que na ponta da sua faca se torna bolor, depois pó, e some.

Ó infeliz figura que nos ameaça no frio,

De nos tirar sua suave manta, logo após ter nos salvado do gelo.

Deixasse-nos morrer congelados, ao menos dignos!

Seríamos mortos e não prostituidos.

Rume para o infinito com o seu burro, deixe-nos para trás,

Não fazemos questão de sermos lembrados.

Preferimos a morte pelo esquecimento, bruta e ferina,

Do que a sua doce migalha.

3 comentários:

Adalgisa Matheus disse...

quem é vivo sempre aparece....
sempre reivindicando pocket info!\bjos

Diogo disse...

poesia pocket info?

A que ponto chegamos!

Você tem que contratar um serviço de clipping!

Tompes

Adalgisa Matheus disse...

hahahahaa!
era só pra nao perder o costume...
e dizer que estou de volta...

adoro!
bjs